quarta-feira, 24 de outubro de 2007

do eterno - a nu



Cecilia e António, Alentejo, 1974



Peguei numa fotografia dos meus pais.

Uma fotografia que sempre me fez lembrar a tela Cócegas do Malhoa...
talvez por isso tenha sido uma das minhas primeiras aventuras a óleo.

"Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços..."
Florbela Espanca

cópia de Cócegas de José Malhoa,
2004, óleo s/tela, 50x40cm

Olho a fotografia e sou esmagada pela manifestação de que nada é eterno. Reconcilio-me com a dor dessa evidência.

5 comentários:

carlos veríssimo disse...

É um facto, nada é eterno.

Susana Júlio disse...

Nada é eterno a não ser quando pairamos no momento e o sabor que ele nos dá é que pode parecer durar para sempre.
As fotografias também têm esse lado: o de nos provar que podemos angustiarmo-nos assim...só de olhar para o passado.

A foto está muito bonita. Serena. Poética.

Beijos.

Anónimo disse...

um amor - o deles - que durasse toda a minha vida, já me chegava para contrariar esse facto.

beijos para os dois.

Susana Júlio disse...

Para vocês que estudam a filosofia...um bom dia! : )

Beijinhos.

Anónimo disse...

Olá su,

sabes, tenho uma relação muito particular com os ‘dias mundiais’, o dia da filosofia e o dia da mulher nem te conto...por vezes, estes dias cheios de eventos e voluntarismos pontuais tomam aspectos folclóricos e acarretam alguns ‘efeitos perversos’... no outro dia é sempre um dia de outra coisa qualquer!
Beijinhos

ah e já agora, como é que se faz para estudar a filosofia? ;)
BOM DIA! :)